amigos imaginários

Amigos Imaginários

Os amigos ocultos, imaginários ou invisíveis costumam preocupar os pais que se assustam ao ver o filho conversando ou discutindo “sozinho”. Entretanto, na primeira  infância este é um comportamento esperado e saudável. No mundo de faz de conta, a criança é autoridade. Manda desmanda, dá bronca e se diverte, criando suas histórias e resolvendo seus conflitos. A criança adota o amigo, invisível ou concreto, que pode ser um bichinho de pelúcia, uma boneca, ou até uma parte dela, com o qual interage e elabora seus dilemas.

Reconhecer o que é uma fantasia saudável e um comportamento mentiroso preocupante é uma tarefa que requer muita atenção. É preciso cautela para discernir se a criança está mentindo para conseguir a atenção ou usando sua imaginação por meio da fantasia e de seus amigos imaginários.

Para crianças de até sete anos é comum fantasiar. O excesso de fantasia pode indicar um egocentrismo exacerbado, ao passo que a falta pode revelar um amadurecimento prematuro que também não é o ideal. Nesta fase ainda é possível haver certa confusão em separar a fantasia de realidade. Por isso, é sempre bom acompanhar de perto uma criança que, por exemplo, acredita verdadeiramente que é um super-herói. Na medida em que crescem e amadurecem o discernimento entre fantasia e realidade fica cada vez maior.

Pais e educadores devem estimular a fantasia das crianças e proporcionar a elas um ambiente que permita a expressão da criatividade e imaginação. Esse comportamento ilustra a capacidade criativa da criança e deve ser respeitado, para que possam fazer de seu jogo simbólico mais uma ferramenta para a formação de uma personalidade íntegra e saudável.

Mas lembre-se: criatividade, brincadeira, fantasia e imaginação fazem parte da infância e de um desenvolvimento saudável. Portanto, estimule, brinque e pergunte às crianças sobre suas histórias fantásticas. Elas farão delas indivíduos mais seguros, felizes e aptos a resolver seus conflitos.

Alguns fatores podem ser desencadeadores desses amigos ou personagens imaginários, como a hospitalização ou perda de um ente querido ou de um bichinho de estimação, a mudança de casa ou escola, ou ainda a falta de convivência com outras crianças. Os amigos imaginários são passivos,  obedecem, não lhe tiram brinquedos e estão sempre disponíveis. É ou não é o amigo ideal?

Quando buscar auxílio?

A criança que passa a mentir de forma recorrente, descrevendo detalhes minuciosamente e seus enredos são tão ricos e verossímeis, que convencem os adultos que com ela convivem e colocam a integridade do outro em risco, podendo prejudicar os amigos. Essa criança pode estar passando por momentos de tempestades emocionais precisa de uma avaliação psicopedagógica. A criança toma essa conduta por achar que não é mais aceito ou querido pelas pessoas mais importantes para ela.