
Ensinar Autocontrole
Crianças que parecem não ter autocontrole apresentam problemas de conduta em casa, na escola e/ou em outros contextos. Exibem características que incluem falta de controle dos impulsos, baixa resistência a frustração, comportamento desvinculado de uma tarefa, desorganização e distração.
Embora facilmente identificável enquanto padrão comportamental, muitos educadores não conseguem separar os componentes inerentes ao bom autocontrole e, raramente, há concordância quanto aos elementos que o constituem. Se os componentes do autocontrole não puderem ser identificados, não há como ensinar as crianças a se autocontrolarem de forma apropriada e adequada em diferentes situações.Crianças com bom autocontrole são mais adaptadas socialmente e têm menor probabilidade de desenvolver problemas psicológicos acentuados.
Crianças autocontroladas não devem ser confundidas com crianças reprimidas. Autocontrole na infância não significa passividade, pelo contrário, significa capacidade de discriminar os contextos apropriados para falar, brincar, rir ou sujar, para fazer silêncio, prestar atenção, ficar sentada e manter a limpeza. É saber aproveitar o melhor das possibilidades da infância nas diferentes situações, de forma a beneficiar-se com o que tais situações podem proporcionar ao seu desenvolvimento. Crianças não aprendem isto sozinhas, precisam de apoio para aprenderem a manter seu comportamento direcionado a uma meta. E, mais ainda, precisam de uma aprendizagem consistente de valores que as guiem na seleção das metas apropriadas às quais se direcionar. A importância disso é bem conhecida pelos adultos, assim como é deles também a responsabilidade de proporcionar ambas as aprendizagens.
O QUE VOCÊ PODE FAZER
Dê o exemplo: Analise se você demonstra autocontrole. Será que seu filho vê você perder a calma no trânsito, furar a fila no mercado ou interromper a conversa de outros? “A principal maneira de ajudar nossos filhos a desenvolver autocontrole é dando o exemplo”,.
Ensine seu filho que toda ação tem uma consequência. Conforme a idade de seu filho, ajude-o a ver que há benefícios se ele controlar suas vontades e um preço a pagar se ceder a elas. Por exemplo, caso seu filho fique irritado pelo modo como foi tratado por alguém, ensine-o a parar e se perguntar: ‘Se eu revidar, isso vai melhorar ou piorar a situação?
Motive seu filho: Elogie quando ele demonstra autocontrole. Explique que nem sempre é fácil se controlar, mas que fazer isso é um sinal de força
Crie uma brincadeira chamada “Certo ou Errado?” ou “O Que Você Faria?” ou algo parecido. Conversem sobre situações que podem surgir e encenem as possíveis reações. Daí decidam se essas são “certas” ou “erradas”. Seja criativo. Se quiser, use bonecos, desenhos ou outros métodos para tornar a atividade divertida e informativa. Seu objetivo é ajudar seu filho a entender que ter autocontrole é melhor do que ser impulsivo
Seja paciente: Não espere que seu filho desenvolva autocontrole da noite para o dia. “Esse é um processo longo e demorado com progresso e recaídas