Se defender sozinho

Se Defender Sozinho

A criança que vive apanhando dos amigos e durante as brincadeiras, muitas vezes, por diferenças de interesse, onde cada um queria brincar de uma forma, o que acirrava os ânimos, situação que inicia a agressão, deixando de argumentar e partindo para brigas.

A criança mais passiva estimula que esses ataques sejam mais frequentes e se torna um procedimento normal de resolução das divergências de opiniões, prevalecendo sempre a lei do mais forte. Quando nestes casos a situação chega aos pais, eles procuram o agressor e impedem que seu filho brinque com essas crianças depois do ocorrido. A criança estando sozinha com os pais repete o comportamento contrário, xingando os pais, gritando e ficando alterado. Impunha seus desejos como se fosse obrigação dos pais realizar e ser obedecido. Parecia outra criança com os amigos, parecia frágil e indefeso, dentro de casa com os pais, se torna dominador e forte.

Se isso já aconteceu com seus filhos, por melhor intensão, saiba que inconscientemente você estava interferindo no desenvolvimento de defesas adequadas na personalidade de seu filho. Quando a criança é insegura e não coloca limites ao outro, permite ser intimidado e como não consegue se posicionar no grupo, descarrega sua agressividade nos pais: briga, xinga, grita, chora e desconta toda sua frustração no ambiente seguro da família, onde será mesmo assim aceito e amado. No fundo falta aprovação dos amigos, optando pela passividade, deixando de reagir quando provocado, repassando a responsabilidade das atitudes pouco agradáveis aos adultos, para que lute por seus direitos, impor respeito e brigando com os amiguinhos em seu lugar.

Como essa criança já sofreu a rejeição dos amigos, os pais sentem-se na responsabilidade de minimizar esta situação resolvendo pela criança os seus problemas, resultando em ridicularização e discriminação, revertendo em um problema maior que é a inadaptação da criança ao seu grupo. Quando for adulta, terá dificuldades em defender seus interesses, pois não praticou na infância, com seus amiguinhos, uma forma mais adequada para se relacionar.